quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O dono da bola

Quem me conhece, ao menos um pouco, sabe que nunca houve sequer uma sombra de aptidão esportiva no meu ser.


Sempre gostei de acreditar que Deus preencheu essa lacuna com uma satisfatória habilidade artística. Habilidade esta que foi lapidada nas inúmeras aulas de Canto, Violão e Teatro (só pra citar algumas) que fiz e também nas infinitas horas que passei lendo e me aprofundando em qualquer asssunto que remetesse à Arte.

Porém os últimos meses em casa e a agradável convivência com meu sobrinho de quase três anos, fanático por futebol, me levaram a recordar um período da minha vida em que essas aspirações artísticas ainda não existiam.

Um tempo em que sempre me escalavam pras peladas do bairro.

Não, eu nunca fui uma promessa futebolística.

Meu pai bem que teria gostado disso. E até nutriu esperanças. Tanto que, num aniversário qualquer, me presenteou com a única razão para que me convidassem pro time da rua: Uma bola de futebol. E das boas!

Logo fez-se notar nossa total incompatibilidade de gênios - não íamos pro mesmo lado, os desejos de ambos nunca convergiam, enfim, eu era um perna de pau, um pereba!

Mas isso não me levou a abandoná-la. Afinal, eu a possuía, ela me pertencia por direito.

E enquanto pude fiz valer esse direito. Sempre que ameaçavam me tirar do jogo, usava a única carta na manga à disposição:

_ Se eu não jogar, levo MINHA bola pra casa!

Logicamente essa estratégia não melhorou em nada meu desempenho. Muito menos aumentou a minha popularidade na rua.

Mas como tudo na minha vida, eventualmente essa fixação (com o futebol, não com a manipulação alheia, deixe-se claro) passou e acabou dando lugar a uma certa aversão por esportes em grupo (natural, após tanto esforço e frustração) e ao interesse pela Arte, citado anteriormente.

Pra alegria geral dos meus vizinhos, já que nenhum deles tinha intenção de criar um coral ou montar uma banda de rock. Pelo menos não na época.

E se você, após ler este relato, ficou curioso pra saber se a troca foi benéfica e se o talento que penso ter realmente existe, não hesite em clicar nos meus vídeos aqui do lado (UM OUTRO EU) e comentar neste post.

Podem ser sinceros!

Prometo que não vou apelar. Dessa vez.


PS: Não me lembro que fim levou a pobre bola... RIP.

7 comentários:

  1. Tortura ser obrigado a participar dessas aulas!
    E no meu tempo, elas aconteciam em outro horário e eu ainda corria o risco de ser reprovado, caso faltasse muito.
    #bullingpedagógico, hehehe.

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  2. eu aprovo seu blog bro, então:

    http://zeabrao.blogspot.com/2010/12/selo-stylish-blogger-award.html

    xD

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  3. Very nice post and interesting to read, I love visiting this blog.

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